Tecnologias que foram postas duas velas pretas

Como qualquer vidente, astrólogo, adivinho, consultor de inversões sabe (e, sobre tudo, como aprenderam quaisquer de suas víti...digo clientes), é muito fácil equivocar-se quando fazem previsões do futuro. Assegurar que a tecnologia “fulana” ou o produto “beltrano” vai revolucionar o Mercado ou impor-se aos demais tem grandes riscos. Na verdade temos alguns exemplos recentes na memória para demonstrar.

Telas S.E.D.

Prognosticavam muitos que seriam as substitutas das telas L.C.D. , as que reuniriam as vantagens de ambas: qualidade de imagem C.R.T. e dimensões da L.C.D. Dificuldades técnicas à parte, dois grandes fatores motivaram seu fracasso: a caída de preço das telas planas e seu (imprevisível faz alguns anos) surpreendente aumento da qualidade de imagem. Lástima, porque a idéia de uma tela plana integrada por muitos monitores C.R.T. diminutos não deixa de ter, um certo ar “steam punk”.

Mídia Center

Há cinco anos parecia o futuro dos Pcs: todos iam ter uma na sala, substituindo ao vídeo, ao dvd, ao aparelho de som, com navegação pela Internet, etc... centralizando os conteúdos multimídia do lar em um único aparelho. Microsoft lançou uma edição especial do Windows e todos os fabricantes, com Intel à cabeça, apostaram por ela. O conceito não emplacou, com a aparição de soluções dedicadas muito mais idôneas para essas funções, caiu no esquecimento.

Hd dvd frente a Blu-ray

Todos diziam que acabariam com os dvd em uma guerra que faria recordar as que tiveram as Fitas vhs e Beta. Nada mais longe da realidade: a batalha não foi nem tão inflamada e nem tão longa. Uma das chaves da derrota foi o erro nas previsões de recuperação da inversão: Toshiba viu claro que não podia continuar soltando o dinheiro em um formato que não terminava de arrancar.

Blu-ray frente a Mkv

Basta olhar a qualquer superfície para comprovar que o formato óptico mais demandado continua sendo o dvd: os discos Blu-ray, embora existam, não são, nem de longe, maioria. Pouca gente jogou seu dvd no lixo, como fez no seu dia com os vídeos vhs. Há várias razões para isso: a oferta não é tão extensa, os preços dos reprodutores, ainda que, estão baixando, continuam altos e continuo pensando que sempre, quando se lança algum conceito novo, ou tem que melhorar o que existe no Mercado, isto é, em questão de qualidade e principalmente preços ou partir para algo totalmente inovador, quer dizer, o formato está baseado em um suporte físico, que se já não é obsoleto, está em franca decadência: os discos ópticos. Claro que a demanda de vídeo em alta definição existe e há um considerável número de televisões que suportam esse formato, porém a maior parte está sendo absorvida, por conteúdos baixados de Internet no formato Mkv.  

Windows Vista

Que dizer do Windows Vista que já não foi dito antes. Sendo justo, não foi tão ruim assim como pintam: se tivesse tido a mesma margem de confiança que o Windows Xp (que também gerou críticas nos seus inícios), Microsoft não teria que haver mudado seu nome (Windows 7 baseia-se no Vista). Onde está a diferença? Para começar, pretendia substituir um sistema operativo robusto e majoritariamente aceito, como o Xp, não o Windows Me, um fixo na lista dos “10 maiores fracassos da história da Informática”. Segundo suas vantagens respeito a aquele era bastante questionável, tanto de rendimento quanto de  aproveitamento de novas tecnologias. E terceiro, porque os usuários de informática cresceram, em número e também em experiência, entre os anos que passaram de um lançamento ao outro: todos somos mais críticos, e as redes de informação difundem tudo mais rapidamente e com maior alcance.